Foram poucos minutos, mas pareceram uma eternidade.
Minutos que definiram destinos. Minutos que determinaram a separação, a dor, a perda, o desespero.
Minutos que todo o avanço tecnológico da Humanidade não foi capaz de prever.
O
primeiro pensamento que veio à mente do mundo, atônito diante do
terremoto no Haiti, foi o de que o ocorrido era uma grande injustiça. De
fato, as imagens até agora entristecem e emocionam. E nos fazem
refletir.
Todos
aqueles que realmente creem em Deus buscam uma resposta, uma
explicação. Afinal, a crença em Deus fala em Sua soberana Justiça e
Bondade.
A ideia da injustiça, portanto, só pode prevalecer entre os incrédulos, entre os materialistas.
Na
grande jornada que os Espíritos empreendem a caminho de sua evolução
muitas são as lutas, os sofrimentos, numerosos os resgates e grandes as
alegrias à medida em que obstáculos são transpostos.
Dores
são oportunidades de resgate para aqueles que por ele passam. Não raras
vezes são o ponto final para equívocos cometidos em um passado distante
e aparentemente esquecido.
Deus, em Sua sabedoria, oferta outra chance mais: a de despertar os corações daqueles que parecem apenas assistir ao fato.
Oportunidade para transformar a emoção, a tristeza, a reflexão em ações objetivas.
Observemos
o que ocorreu após a tragédia no país caribenho. A imprensa rapidamente
trouxe ao conhecimento de todos o ocorrido. O mundo teve acesso a
imagens. A comoção foi imensa.
Com
uma rapidez nunca antes observada, graças aos meios de comunicação,
notadamente a Internet, milhares de pessoas de todos os países do mundo
montaram verdadeiras redes de ajuda às vítimas.
Poucas
horas após já havia pessoas determinadas a serem voluntárias. As
entidades de auxílio receberam milhares de perguntas sobre como ajudar.
Governos
de várias nações rapidamente uniram forças para enviar ajuda
humanitária, ultrapassando antigas barreiras políticas para surpresa de
muitos.
Em
meio à dor da perda de seus membros, a Organização das Nações Unidas,
aparentemente desagregada, sem sede física, sem seu líder local, recebeu
apoio de nações que entenderam o sentido de estarem unidas.
Cidadãos
de vários países, que não tiveram medo de largar seu conforto e sua
segurança, começaram a se deslocar para o local e, sem descanso, somaram
forças para resgatar pessoas, atender, ajudar.
Assim, ao lado da dor, vemos uma imensa corrente de solidariedade, da qual todos podemos participar.
Não
importa a distância, a dificuldade, a limitação: grande parte do mundo
tem, nesta situação, alguma maneira de ajudar, enviando, através de
vários meios, suas doações.
E,
para aqueles que realmente não podem de nada dispor materialmente,
ainda há o recurso bendito da oração. Oração por aqueles que deixaram o
mundo material, por aqueles que sofrem as consequências e por quem
auxilia.
Dessa maneira Deus permite que nos unamos, nos mobilizemos, enfim, desenvolvamos nossa caridade.
É uma imensa chance de expressarmos nosso amor.
Pensemos nisto e procuremos fazer a nossa parte!
Redação do Momento Espírita.
Em 20.04.2010.
Em 20.04.2010.
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